Fundamentos Teórico-Metodológico Ético-político do Serviço Social III
Aluna: Yúria Batista Cassiano Professora: Dra. Rosane
Curso: Serviço Social Turma: 01
Tendo como principal abordagem todas as questões que envolveram a ruptura do Serviço Social com sua herança conservadora, elucidadas no livro “Renovação e Conservadorismo no Serviço Social Ensaios Críticos” de Marilda Villela Iamamoto, que requereu realizar uma contextualização política, metodológica e econômica com aquele determinado período histórico, que alternou entre a década de 60 e 80 chegando até início da década de 90.
Em detrimento das novas determinações da questão social, da crescente organização dos trabalhadores tanto do âmbito rural quanto urbano, acompanhada do processo de politização dos setores médios, foi assoalhado uma “nova” realidade social, a qual apresenta questionamentos políticos que sensibilizaram os segmentos de assistentes sociais, induzindo-os ao início da revisão do exercício profissional, perante um contexto marcado pelo reformismo conservador e pelo transformismo societário – mobilizações trabalhadoras no período de 1964, que tiveram impacto na realidade e levaram o profissional a repensar sua técnica.
Todos estes aspectos acarretaram em um enriquecimento do instrumental científico de análise da realidade social e no acompanhamento atento da dinâmica conjuntural, levando o profissional a buscar no seu exercício colocar-se objetivamente a serviço dos interesses dos usuários. Na década de 80 é destacada a ação psicologizada do assistente social, com o estudo de casos, a psicanálise e uma atuação fenomenológica que procedeu a crítica.
Ininterruptamente o Estado manteve o controle social como o principal interesse em manter o serviço do assistente social, de forma a preservar a rede privada – o lucro –, assim como, a burguesia via o profissional como um mecanismo de manutenção do “status quo”, a divisão de classes – a dominação –, do mesmo modo que a Igreja Católica almejava a manutenção da sua hegemonia política e religiosa que estava abalada, para tanto resumiu o “enfrentamento” da questão social em um aspecto moralista, reforçando a perspectiva de Deus na vida da sociedade, uma forma de depositar a razão da vida da população em um ser supremo. Conseqüentemente a igreja pregava a solidariedade entre as classes, de forma a acalmar a classe trabalhadora e, por conseguinte, voltaria a possuir a dominação política e religiosa.
Esse Serviço Social dos anos que variam entre
Em seguida houve a humanização das condições de vida e de trabalho – porém uma humanização distinta da existente hoje, com intuito apenas de amenizar e não de causar a autonomia do trabalhador –, foi fortalecida a ideologia do trabalho, e a naturalização do trabalho assalariado – que também reforça a alienação e a desigualdade social, já que põe essa realidade natural ao ser humano, privando-o da ambição de alternar entre as classes, mantendo-o estático.
