CAPITALISMO - EVOLUÇÃO HISTÓRICA

domingo, 28 de fevereiro de 2010

A primeira fase de expansão do capitalismo confunde-se com a revolução industrial, cujo berço foi a Inglaterra, de onde se estendeu aos países da Europa ocidental e, posteriormente, aos Estados Unidos. A evolução do capitalismo industrial foi, em grande parte, conseqüência do desenvolvimento tecnológico. Por imposição do mercado consumidor, os setores de fiação e tecelagem foram os primeiros a usufruir dos benefícios do avanço tecnológico. A indústria manufatureira evoluiu para a produção mecanizada, possibilitando a constituição de grandes empresas, nas quais se implantou o processo de divisão técnica do trabalho e a especialização da mão-de-obra.
Ao mesmo tempo em que se desencadeava o surto industrial, construíram-se as primeiras estradas de ferro, introduziu-se a navegação a vapor, inventou-se o telégrafo e implantaram-se novos progressos na agricultura. Sucederam-se as conquistas tecnológicas: o ferro foi substituído pelo aço na fabricação de diversos produtos e passaram a ser empregadas as ligas metálicas; descobriu-se a eletricidade e o petróleo; foram inventadas as máquinas automáticas; melhoraram os sistemas de transportes e comunicações; surgiu a indústria química; foram introduzidos novos métodos de organização do trabalho e de administração de empresas e aperfeiçoaram-se a técnica contábil, o uso da moeda e do crédito.
Na Inglaterra, Adam Smith e seus seguidores desenvolveram sua teoria liberal sobre o capitalismo. Na França, após a revolução de 1789 e as guerras napoleônicas, passou a predominar a ideologia do laissez-faire, ou do liberalismo econômico, que tinha por fundamentos o livre comércio, a abolição de restrições ao comércio internacional, o livre-câmbio, o padrão-ouro e o equilíbrio orçamentário. O liberalismo se assentava no princípio da livre iniciativa, baseado no pressuposto de que a não regulamentação das atividades individuais no campo socioeconômico produziria os melhores resultados na busca do progresso.
Em pouco tempo, no entanto, o liberalismo econômico mostrou suas primeiras imperfeições: as poderosas organizações econômicas que se instalaram passaram a enfrentar dificuldades para comercializar seus produtos, já que os mercados consumidores não cresciam na mesma proporção que a capacidade produtiva da indústria. A concorrência, por sua vez, levou ao aniquilamento das pequenas empresas e à concentração industrial em trustes e cartéis, que evoluíram para o monopólio.
Os países industrializados lançaram-se então à conquista de mercados externos, apoiados, muitas vezes, numa política de duas faces: a defesa do livre comércio, válido para as colônias e países importadores de produtos industrializados, e o protecionismo, destinado a defender os produtos nacionais da concorrência do competidor externo.
A repartição da África e a divisão do mundo inteiro em esferas de influência dos diferentes países industrializados completaram o quadro da expansão do capitalismo, na fase denominada imperialismo.

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